terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O Yorùbà e o Candomblé

Babalawo Evanir dos Santos e Babalorisa Jorge kibanazambi

Babalorisa Jorge Kibanazambi com Altoridades da Nigeria 

Babalorisa Jorge Kibanazambi com Altoridades da Nigeria 
O iorubá ou ioruba (Èdè Yorùbá, "idioma iorubá") é um idioma da família linguística nigero-congolesa, e é falado ao sul do Saara, na África, dentro de um contínuo cultural-linguístico, por 22 milhões a 30 milhões   de falantes.



A língua iorubá vem sido falada pelo povo iorubás há muitos séculos. Ao lado de outros idiomas, é falado na parte oeste da África, principalmente na Nigéria, Benim, Togo e Serra Leoa.



No continente americano, o iorubá também é falado, sobretudo em ritos religiosos, como os ritos afro-brasileiros, onde é chamado de nagô, e os ritos afro-cubanos de Cuba (e em menor escala, em certas partes dos Estados Unidos entre pessoas de origem cubana), onde é conhecido também por lucumí)

Os Obas de Sango

Yá Ekeji Fabiana de Oyá levando as faixas dos Obas da direita (Otun Oba)

Yá Ekeji Ruth de Esu levando as faixas dos Obas da esquerda (Osi Obá)

Yalorixá Jaciara de  Sango colocando a faixa de Oba Abiodun nome que designa aquele nascido do dia da festa Egbomi Alexsandro Schwarzbach 

Yá Ekeji Cristina de Oyá colocando a faixa de Oba Are título que se dá a uma pessoa proeminente da Corte Senhor Luiz Angelo da Silva- Ogan Bangbala

Ya Ekeji Ruth de  Esu  coloca a faixa de Oba Tela nome masculino da Realeza de Oyo Senhor Osvaldo Senna(Ogan,percussionista internacional e interprete dos grupos de afoxé filhos de Gandhy e Maxobomba/RJ)
 
Yálorisa Vera de Osun colocando a faixa de Oba  Odofun no Senhor Omololu Mike representante do culto yoruba da Nigeria

Oba Kakanfó título do General do Exercito Senhor ,Marcelo Monteiro (Presidente do CETRAB- Centro de tradição afro brasileiro/RJ)

Egbomi Ikandayo colocando a faixa de Oba Onansokun -Pai Oficial do Obá de Oyo Senhor Ogan Claudio Dias de Jesus dos Santos - Ogan guga


Ya Ekeji Fabiana de Oya coloca a faixa de Oba Aressá título do Oba de Aressá Marcio Marins (Diretor Presidente do Dom da Terra e CEN /Paraná).

Ya Ekeji Fabiana de Oya colocando a faixa de Oba de Egbon no Senhor Erivaldo Ponciano da Conceição (Representante da FENACAB-FEDERAÇÃO NACIONAL DO CULTO AFRO BRASILEIRO E DESCENTE DO ASE OLOROKÉ)

Egbomi Andreia de Oya colocando a faixa de Oba Oni Koyí no Senhor Nata Schwartzman ( Advogado e integrante da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB do Estado do Paraná)

Senhor Glauco Souza Lobo ( Representante do Governo do Estado do Paraná)  agradecendo  pelo Título recebido de Oba  Ologbon       

Egbómi Rosangela de Osun colocando a faixa de Oba Sorun título do Chefe do Conselho do Rei de Oyo no Senhor Ozeil Moura dos Santos- Consul do Senegal


Os Obas do Asè  Ayra Kinibá


Oba Arolu que significa o Eleito da Cidade - Aborisá Luiz Marcelo Titão do yle Alaketu Ijoba Baiwo Ase Naná



                                                         OS OBAS DE  SONGÒ



Para que se entenda melhor quem são eles , é necessário voltarmos aos tempos gloriosos em que os orixás viveram aqui no aye (Terra). Começaremos pelo próprio Oba (rei) Sango figura polemica e amada do panteão Africano.

Para efeito histórico  Sango  foi o terceiro Rei de Oyo – Aláàfin Oyo, filho de Oranian e Torosi, foi criado em Tapa e mais tarde mudou-se para Kossô onde teve dificuldades com o povo para aceita-lo, devido a seu caráter violento, sendo através da força que conseguiu se impor. Com o reino conquistado e devidamente administrado seguiu junto com seu povo para Oyo, fundando um bairro de nome Kossô, assim Sango ficou conhecido também como Oba Kossô (Rei de Kossô).

Sango tinha um irmão por parte de pai chamado Dada-Ajaká que era nesta época rei de Òyó, de temperamento inverso ao seu , ou seja era dócil e amável e, isto não permitia que fosse um bom Rei. Então Sango o destronou e passou a ser o rei de Òyó.

Desta forma este Oba conquistou muitos reinos, e com eles admiradores, seguidores e inimigos.

Havia uma rivalidade muito grande entre Sango e dois outros guerreiros, Timim e Gbonká. Estes dois rivais de certa forma foram os responsáveis pelo desaparecimento de  Sango no aye, porque segundo alguns itans (histórias) o povo rebelado com Sango não o aceitava mais como Rei, e ele preferiu voltar para o orun (infinito), explodindo num momento de cólera,fazendo desaparecer a matéria e deixando somente a essência, o A (força) a energia pura que é o Orixá (por isso necessitamos dos “assentamentos” representando parte material do Orixá na Terra).

Após o desaparecimento de Sango os dois rivais voltaram as suas terras, então começaram vários rumores e boatos como: “o Rei enforcou-se”, “o Rei fugiu” e outros.

Os amigos, fiéis seguidores, de Sango reuniram-se e tomaram a iniciativa de formar e instituir o culto ao Oba (rei); eles eram os ministros, os mangbás, os antigos Reis , Príncipes ou Governadores de territórios conquistados por Sango.

Os Ministros da Direita eram: o Príncipe ABII ÓDUN, ONIKÔYI, ARÉSSA, ONANXÓKÚM, OBÁ TÉLA E OLUEBAM.Os da Esquerda eram: EKÔ, KÁBÁ NNFÔ E OSSI ONIKÔVI.

O profº Martiniano do Bonfim registra em um livro que na África os Ministros são em número de seis, o ONA, OTUM, OSSI, EKERIM, EKARUM e EKEFA.

JÁ EM 21/12/1953 Pierre Verger respondendo carta a Roger Bastide relata que: os Ministros da Direita eram: OBÁ ABIODUN (29° Rei dos Yorubas), ONIKOYI Rei de Ioyi, Vassalo de Alafin Oyo, Arèssa Rei da Iràssa Vassalo de Onikoyi, Onansokun(Título completo é Onan Isokun Baba Oba, pessoa de grande importancia na entronização de um Alafin Real), Obatela (Tela é nome reservado aos Príncipes), Olugbòn Rei de Igbòn Vassalo de Orikoyi.

Os Ministros da Esquerda: Arè normalmente usado como diminutivo de Arè Onankakanfo Generalíssimo, Otum Onikoyi é o braço direito (2º pessoa de Onikoyi), Otum Onansokum é o direito (2º pessoa de Onansokum), Osi Onikoyi é o braço esquerdo (3º pessoa de Onikoyi), Ekô, e Kabanfo – Kabanfo, General do Exército.

No Brasil existe um grupo semelhante, que foi introduzido por mãe Aninha auxiliada pelo profº Martiniano Eliseu do Bonfim após seu regresso da África (onde iniciou-se como babalaô). Fundaram então os doze Ministros de  Sango no Asè Opo Afonja, foram escolhidos entre Ogãs, (até 1995 na ocasião da publicação do livro Meu Tempo é agora – Mãe Maria Stella de Azevedo Santos / Odekayode, o filho carnal de Miguel Santana (Oba Are), o Antonio Albério de Santana era na época o decano dos Obas, com mais de 50 anos de entronização). Esses Obas receberam a mesma incumbência dos Príncipes e Reis de outrora na África: preservar o culto a  Sango e não deixar se perder na memória do povo, tendo responsabilidades tanto no trato material quanto no espiritual.

Os “Obas” desde sua fundação gozam de privilégios, entre eles o de agitar o xere ou cabaça de  Sango e, depois da morte o de voltar sete dias após na forma de egun para ditar as últimas vontades.

Em 1995 no livro já citado encontramos a seguinte relação dos Obas:

- Os da direita:

-Kakanfo – Antonio Albérico de Santana.

Seu filho Antonio Carlos é seu Otun Kakanfo e Oloje.

-Téla – Mario Bastos, confirmado por mãe Senhora, seu otun é Luis Domingos de Souza.

-Abiodun – Sinval da Costa Lima.

-Àre – Antonio Olinto seu Osi Oba Àre é Ildásio Tavares.

-Àrolu – Jorge Amado (já falecido) seu Otun é Henrique Serra, e o Osi Àrolu é Dmeval Chaves.

-Odofun – Vivaldo da Costa Lima e seu Otun Odofin é Ubirajara.



- Os Obas da Esquerda:

-Onasòkun – Carybé (falecido) seu Otun Antonio Luis Calmon.

-Aressá – Kamafeu de Ossossi, conhecido por velho “Camafa” seu otun é Miguel Franco.

-Eleryin – Tadeu Alves de Souza.

-Oni Koyi – Dorival Caymmi (falecido).

-Ologbón – Manoel Rodrigues Carrera, seu otun é Carlos Rodrigues Carrera (filho carnal).

-Sòrun – Santiago Codes.



Os direitos dos Obas da Direita são diferentes dos da Esquerda, porém todos são responsáveis pelo asè   da casa e manutenção da mesma.

Esta associação não é exclusiva, pois no Engenho Velho (1º casa de candomblé que se tem registro) foi fundado por duas africanas ligadas a Osóòsi  e a  Sango, trazendo para o Brasil a mesma associação existente em Abeokuta com o nome Egbé (Egbé Oluri Odé) composta por: cinco grandes chefes, seis caçadores e seis assistentes (seis da direita e seis da esquerda).

No desdobramento do Ile (Casa Branca) o Gantois tem a sociedade Egbé Osóòsi.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

quem é jorge kibanazambi






TRABALHANDO  PARA A PRESERVAÇÃO DAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS


Jorge Kibanazambi estudioso, e pesquisador da cultura afro-brasileira, iniciou-se na religião em 1976 pelas mãos de Mãe Santa de Òrìsàálá mais conhecida como Santinha, que era irmã de santo de Mãe Luci do Ogunjà. Todas residindo no Rio de Janeiro no município de Nilópolis no bairro do Cabral. Jorge de Ayra filho de um africano chamado Ludiazambi e de uma bela negra hoje muito conhecida nos meios do Candomblé como Oyakemikesi que hoje está com mais de 50 anos de Òrìsà. Origem do seu nome, uma herança paterna, pois seu pai era natural de Luanda / Angola. Por este motivo ficou tão conhecido como Kibanazambi, mas nunca teve iniciação em casa de Angola. Todo seu princípio religioso esta voltado para a nação de Kétu porque sua família de santo veio do Matatu e atualmente Kibanazambi faz parte do Ile Ase Omin Lessy que fica situado na Rua Saionara, quadra 07, lote 127, Jardim Taubaté, Alto do Itinga, Salvador / Bahia. Kibanazambi tomou obrigação com mãe Cremilda de Jesus dos Santos conhecida por seu orunkò Omi Lesi pelo povo do santo, que era filha de mãe Domingas do Orisa Obaluwaye (orunkò Obilojigun), filha de Maria Violão do Ile Axé Oloroke ou Terreiro do Oloroke da nação Ekiti-Efon que é uma casa de Candomblé dedicada ao culto dos OrixáS das árvores, como Orixá Oke, Orixá Oko, Orixá Iroko, Apaoka e outros, situada à Rua Antonio Costa (antiga travessa de Oloke) nº 12, no Engenho Velho de Brotas, Salvador, Bahia. Esta casa foi fundada por volta de 1860 por Maria Bernarda da Paixão (Adebolu), também conhecida por Maria Violão e Maria de Oloroke e seu marido, José Firmino dos Santos mais conhecido como Tio Firmo (Oxum Tadê) ou Baba Erufá, ambos eram ex-escravos. Jorge Kibanazambi é um Bàbálóòrìsà que se dedica totalmente a sua religião procurando ampliar cada vez mais seus conhecimentos. 1976 – Jorge Kibanazambi é iniciado na religião por Mãe Santa de Òrìsàálá. 1981 – Canta seu primeiro sire na casa de Mãe Santa de Òrìsàálá Ile Ase Omo Baba Osalufá. 1989 – Inicio do curso de yoruba com o professor Araun Togun Nibe 1990 – Jorge Kibanazambi faz sua primeira palestra sobre cultura afro. 1992 – Conclusão do curso yoruba. 1993 – Viajem à África, onde conhece os Mercados de Jankará e Tinubus, o Porto de Badagry, a Pedra de Olumo, nas cidades de Abeokutá e Ibadan conhece os Templos de Òsóòsi e Yemonja. Na cidade de Ile Ifé é convidado para conhecer o Palácio de Oni Rei de Ile Ifé pelo próprio, conhece o Templo de Yeyemolu e Olojo. Em Osogbo conhece o Palácio de Ataoja e o Templo de Oyá, em Oyo conhece o Palácio e Museu de Alaafin e visitou o Templo de Sòngó e Oyá. Em visita a Ikiti e Ondo conheceu o Palácio de Ewa e o Templo de Ògún, em Ikogosi o Palácio de Osemowe, retorna em agosto para o Rio de Janeiro. No mês de novembro do mesmo ano faleceu sua Zeladora de Òrìsà e Kibanazambi canta pela primeira vez o Asésé.

PAI JORGE KIBANAZAMBI E O SENADOR PAULO PAIN


PAI JORGE KIBANAZAMBI AJITANDO O SÈRÉ NA FESTA DE SÁNGÓ

ÓRISÀ SÀNGÓ ÁIRÀ DE PAI JORGE

ÉGBOMI OYÁ GBÉRÒÓKÓ SERVINDO ÁMÀLÁ

OBRIGAÇÃO DE ÓKÀLÀNDÉ ERDEIRO DO ÁSÈ KINIBÁ
LANÇAMENTO DO FORUN DE RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA NO PARANA


LANÇAMENTO DO FORUN DE RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA NO PARANA